A edição de novembro da revista Fluir já está nas bancas - e de luto. Aos 32 anos, Andy Irons, o surfista havaiano mais vitorioso de todos os tempos, perdeu sua vida em circunstâncias misteriosas, mas que não apagam seus feitos, entre eles o tricampeonato mundial profissional.
Além disso, um DVD recheado com os melhores momentos do Red Nose Tow In Championship em Maresias vem encartado na nova edição. E tem muito mais: confira abaixo os destaques da edição de número 301 da Fluir, a melhor revista de surf do Brasil.
Soldado anônimo Seu nome não está entre os convidados do tradicional Eddie Aikau. Nem aparece entre os primeiros colocados no ranking mundial do Big Wave World Tour. Mas sua dedicação e suas performances em Maverick’s, uma das ondas mais desafiadoras do planeta, fizeram com que o brasileiro Alexandre “Blau” Martins, 39 anos, conquistasse o respeito e a admiração dos principais big riders do mundo – incluindo o conterrâneo e atual campeão mundial da categoria Carlos Burle.
Há 17 anos, o surfista pernambucano, que no Brasil era chamado de merrequeiro pelos amigos e chegou a pensar em parar de surfar, foi para os Estados Unidos em busca de uma nova vida. Em São Francisco, na Califórnia, lavou pratos e entregou pizzas até retomar sua paixão pelo mar e se tornar um dos expoentes na cena do surf de ondas grandes. Hoje Blau vive em Ocean Beach com a esposa americana Sarah, conserta cerca de 30 pranchas por semana em sua oficina e faz em media duas viagens internacionais por ano, além de surfar no braço as maiores ondas que entram em Half Moon Bay.
Apesar do destaque na mídia internacional, ele se sente esquecido em seu país de origem: “Acho que a mídia e o público brasileiro nem sabem que eu existo”. Em sua casa na Califórnia, ele falou à Fluir.
Nascido para entubar
A estatura compacta e o jeito tranquilo e discreto de Bruno Santos disfarçam a real dimensão do que ele é capaz quando o assunto é andar dentro das ondas mais desafiadoras do planeta. Criado na praia de Itacoatiara, famosa pelos tubos largos e pesados, o niteroiense de 27 anos é um dos principais integrantes do projeto Tip 2 Tip, da Rip Curl, que resgata o espírito “The Search” em busca de ondas novas e perfeitas pelo mundo.
Bruninho também já desbancou nomes consagrados nas principais etapas do ASP World Tour, com um total de treze participações e uma vitória, histórica, em Teahupoo (2008). Suas apresentações em Pipeline renderam elogios de Gerry Lopez, Occy e Jamie O’Brien e o respeito definitivo da comunidade internacional. Casado e pai dedicado de duas filhas, Bruno Santos aprendeu a conciliar a rotina de viagens com as demandas de um chefe de família.
Em Portugal, durante a etapa do Circuito Mundial, ele falou à Fluir sobre as conquistas que marcaram sua carreira, o primeiro tubo, Tom Curren e admite que é mais feliz com a vida de freesurfer: “Não sou fissurado por competição”.
Curtindo a vida adoidado
O título acima resume perfeitamente o atual momento vivido pelo até então vice-líder do ranking mundial Jordy Smith. Aos 22 anos de idade, esse talentoso surfista vem saboreando os prazeres (e percalços) de ser um astro do esporte. Primeiro sul-africano a vencer uma etapa do World Tour – em julho passado em Jeffreys Bay – e a brigar pelo título máximo da ASP desde Shaun Tomson, Smith disputa o Dream Tour há três anos e vem evoluindo a olhos vistos.
Campeão mundial Pro Junior de 2006, ano em que ficou em segundo lugar na etapa de Sunset da Tríplice Coroa, Jordan Michael Smith nasceu em Durban e começou a surfar aos 3 anos por incentivo do pai, Graham, que já era surfista e shaper. “Acho que sempre foi um sonho dele que eu me tornasse um surfista profissional”, admite Jordy, que compete desde os 7 e aos 19 entrou para a elite do Circuito Mundial.
Na época, protagonizou uma das mais comentadas negociações de patrocínio ao ser assediado pela Nike, que usou armas do calibre de Tiger Woods, Michael Jordan e Ronaldo para persuadir a jovem promessa, além de um contrato anual na casa dos US$ 5 milhões. Jordy preferiu ganhar um pouco menos e assinar com a tradicional O’Neill – e desde então vem colhendo os frutos de sua dedicação.
Este ano, além da vitória em J-Bay, ele foi vice na Gold Coast e em Portugal e chegou em quinto lugar quatro vezes, resultados que o colocaram na liderança do Tour por um bom tempo. Até o fechamento desta edição, no entanto, Kelly Slater liderava o ranking e Jordy precisaria ficar em quinto lugar em Porto Rico para levar a decisão para a última etapa, no Hawaii. Nesta entrevista, concedida em sua casa em J-Bay alguns dias depois da histórica conquista, Smith fala sobre a Copa da África, racismo no surf, a relação com o pai, a sombra de Slater e sua participação em filmes de Hollywood.
12>17
Alguns dos melhores surfistas da nova geração mundial estiveram juntos a bordo do barco Nomad, surfando entre as ilhas Mentawai e Telos. O australiano Jack Robinson, 12, o havaiano Ian Gentil,14, anos o brasileiro Caio Ibelli, 16, e o americano Conner Coffin, 17, enfrentaram tempestades pesadas, vomitaram as tripas, ficaram apavorados com as séries e, no final, acabaram pegando altas ondas. Confira com exclusividade na Fluir, o show de talento desta garotada atrevida.
Ilha dos mistérios
Sim, o paraíso existe. Nossa equipe o encontrou no Oceano Índico e teve a grata surpresa de descobrir que lá quebram direitas e esquerdas perfeitas, sem ninguém por perto. O fotógrafo e incansável descobridor de novas ondas, Sebastian Rojas, mais uma vez cumpriu sua missão:
“Arrisquei tudo. Segui meus instintos e coloquei os caras na cara do gol num dos picos mais secretos do mundo. Os tubos estavam ali, perfeitos e solitários”. Não podemos revelar as coordenadas, mas garantimos que este pico inédito, que você vê em primeira mão na Fluir, vai te deixar chocado.
Clique aqui para ver o trailer do DVD Red Nose Tow In Championship em Maresias, encartado* na edição.
FONTE. www.ripstar.com.br
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