Geografia?
Com os tios Mike e Ben, o nosso desporto ganhou
classe. Com o Eppo ganhou ar. E com o miúdo Guilherme ganhou força. Foi o
primeiro que vi a brilhar em "buracos" e o primeiro a fazer gala da
agressividade no ataque à onda. Todos fizeram escola. Mas um, só agora começa a
ser reconhecido.
A resposta é recorrente, mas só me apercebi disso com
a grande entrevista do Rawlins aqui à casinha. E a conclusão é, no mínimo,
complicada de descrever geograficamente. É possível um brasileiro ser o pai de
todos os australianos?
Cada vez que alguém apanha uma estrela aussie para
dois dedos de conversa, a primeira referência a saltar é o boogie com nome de
automóvel. Quem não gostas de apanhar num heat? Quem foi a tua influência? Quem
gostas mais de ver? E todos - sim, eu sei que todas as generalizações são
abusivas - incluem o guerreiro Guilherme Tâmega.
No total, são seis títulos de campeão do Mundo o que,
para ser simpático, dá para juntar o Hubb, o Player e o King num saco, amarrar e
entregar aos senhores da Al Merrick. Além disso, há muito que provou ter outra
característica própria das lendas do Desporto: uma longevidade absurda. Bateu-se
com Mike nos gloriosos anos de Pipe, andou no topo durante quase uma década e,
depois de sobreviver durante os anos da guerra King/Player, ainda no ano passado
esteve na luta até ao fim. Este ano, disputou ao, ainda campeão do Mundo, Jeff
Hubbard a final do campeonato dos Estados Unidos. O mais assustador? É que se o
deixarem, não está com vontade de abrandar.
Vendo os moços surfar, não é difícil identificar as
semelhanças. Ora digam lá que outro bodyboarder poderia mandar O backflip do
Pierre no Iba Tour? E quem terá ensinado o Hardy a fixar a ideia de que "os
tubos duram sempre mais um bocadinho ..." E as pauladas do Rawlins? É como
disse. Geograficamente complicado de explicar, mas inegável. O Tâmega é mesmo o
pai de todos os aussies.
por Bom, mau e Bodyboarder
por Bom, mau e Bodyboarder
FONTE: www.ripstar.com.br
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